Fonte: Agência Sindical
Os professores e pessoal administrativo do Ensino Superior privado no Estado de São Paulo estão em estado de greve. A decisão foi tomada nas assembleias realizadas dia 15, convocadas pelos Sindicatos filiados à Federação estadual da categoria – Fepesp.
Além do estado de greve, os docentes decidiram integrar uma articulação nacional com demais Sindicatos que estão em campanha salarial no Ensino Superior. Segundo o presidente de Fepesp, Celso Napolitano, isso é algo que o patronal já está fazendo. “Os grandes comerciantes do ensino estão participando de todas as mesas de negociação no País, para bloquear a recuperação da defasagem salarial gerada pela inflação. É uma campanha predatória contra educadores para manter e aumentar seus lucros”, denuncia.
Com essa mobilização em todo o País, as assembleias do dia 15 decidiram promover um ato nacional em defesa da educação e pela valorização dos professores e demais profissionais da categoria.
Proposta – O patronal ofereceu reajuste de 4% agora e 2% em janeiro de 2022, além de abono que não se incorpora aos salários. Os docentes do Ensino Superior de SP recusaram. A data-base é 1º de março. Segundo os indicadores, a inflação registrada na data-base é de 10,57%, se considerado o acumulado dos 12 meses anteriores.
“Eles insistem no reajuste de 6% parcelado, mesmo diante de uma inflação crescente. O patronal decidiu que não quer repor a defasagem nos salários”, afirma Celso Napolitano.
Mobilização – “Temos que nos organizar e demonstrar o descontentamento com a atuação das mantenedoras na negociação. E vencer o impasse com o poder e a disposição de luta da categoria”, conclui o presidente da Fepesp.
Bruno e Dom – A assembleia dos professores do Ensino Superior dedicou um minuto de silêncio. Segundo a entidade, em respeito a Genivaldo, aos 38 chacinados de Vila Cruzeiro, pelas 700 mil vítimas da Covid-19 no Brasil, pelos 33 milhões que vivem com fome no País, e pelo indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.
MAIS – Acesse o site da Fepesp.