Por ESTADÃO CONTEÚDO/ Jornal o tempo
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou nesta terça-feira, 8, que o governo federal se comprometeu a comprar toda a demanda necessária de vacinas contra a covid-19 para imunizar a população. Governadores participaram mais cedo de reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Para o petista, o encontro foi uma "vitória para o Brasil" e representou um retorno ao "eixo".
"Toda vacina comprada no Brasil será sob a coordenação do Ministério (da Saúde)", disse Dias em coletiva após a reunião com Pazuello. O compromisso assumido nesta terça pelo ministro é que todos os brasileiros que procurarem se vacinar tenham acesso ao imunizante. A principal demanda dos governadores era por uma liderança da pasta no processo de aquisição e distribuição dos imunizantes. "A ausência de uma coordenação nacional leva a desordem no País", opinou o governador.
Segundo ele, não era "razoável" que São Paulo iniciasse a imunização no fim de janeiro e outros Estados não. Ontem, o governador paulista, João Doria (PSDB), anunciou que começaria a vacinar a população em dia 25 de janeiro.
Pelo acordo firmado hoje, destacou Dias, o governo se comprometeu a comprar doses da Coronavac, uma vez liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), demanda defendida por Doria desde o início da pandemia, segundo Dias. O imunizante chinês produzido em parceria com o Instituto Butantã foi alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro. O novo entendimento é que se a vacina for certificada será adquirida e distribuída.
Também foi acordado hoje com os governadores que o Ministério da Saúde deverá adquirir qualquer imunizante que for validado por uma das quatro autoridades regulatórias sanitárias internacionais já previstas na legislação brasileira (União Europeia, China, Estados Unidos e Japão) e validados pela Anvisa
"Pelo andar da terceira fase de várias vacinas, pela condição que tem de proximamente a gente ter agências europeias, a americana, como já está acontecendo, da própria China, há uma possibilidade real de ter em janeiro bem mais vacinas do que estava previsto no Plano de São Paulo. E nisso vai permitir que a gente tenha vacina em São Paulo, mas vacina também em outros lugares do Brasil", disse o governador do Piauí.
Dias informou ainda que Pazuello apresentou um plano estratégico para a vacinação no País, que já inclui a previsão de aquisição de insumos e equipamentos de proteção individual. No encontro, ficou definido ainda que profissionais da educação também entrarão na lista de grupos prioritários para receber a imunização.