Folha de S. Paulo
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou hoje que o retorno às aulas de reforço e uso de laboratórios e bibliotecas no município não acontecerá em setembro. A decisão vale para instituições de ensino públicas e particulares da capital. Apesar da liberação do governo estadual para que algumas atividades possam retornar em setembro, uma vez que a capital preenche o requisito, a administração municipal diz acreditar que uma volta representaria um aumento no número de casos da covid-19 na cidade.
Para justificar a decisão, a prefeitura apresentou hoje dados do inquérito sorológico feito com 6.000 alunos da rede municipal, com idade entre 4 e 14 anos.
De acordo com os dados, 16,1% dos alunos da rede pública municipal já contraiu a doença causada pelo novo coronavírus. O índice é maior do que o encontrado na população geral de São Paulo, que foi de 10,9% de infectados. Um dos resultados que levou a prefeitura a optar por não reabrir as escolas em setembro é que 64,4% dos estudantes —isto é, cerca de 2 a cada 3 alunos— são assintomáticos. Covas afirmou que, por isso, seria pouco eficaz realizar a medição de temperatura na porta das escolas para evitar a disseminação do vírus, já que estes alunos não apresentariam febre.