A iniciativa é uma rede mundial composta por mais de 90 governos e cerca de 50 organizações internacionais e regionais, incluindo agências da ONU, organizações da sociedade civil, de ensino e fundações, que trabalham para promover questões relativas aos professores e ao ensino. Seu secretariado está abrigado na sede da UNESCO, em Paris.
O documento pede “liderança e recursos financeiros, bem como materiais para os professores, a fim de garantir que o ensino e a aprendizagem de qualidade possam continuar sendo oferecidos à distância durante esta crise e também para que a recuperação seja rápida”.
Em 165 países de todo o mundo, cerca de 63 milhões de professores primários e secundários estão sendo afetados pelo fechamento de escolas devido à pandemia da COVID-19. Eles estão na linha de frente da resposta para garantir que a aprendizagem continue para quase 1,5 bilhão de estudantes, número que está previsto aumentar.
Esta situação sem precedentes está causando estresse em professores, estudantes e familiares.
Em alguns casos, os docentes que podem já ter sido expostos ao vírus estão tentando controlar a ansiedade de serem chamados para trabalhar em lugares onde o risco da COVID-19 está aumentando. Outros estão lidando com o estresse de oferecer uma aprendizagem de qualidade com ferramentas para as quais receberam pouco ou nenhum treinamento ou apoio. Em muitos países, professores contratados, substitutos e pessoal de apoio à educação correm o risco de perder seus contratos e não ter mais seus meios de subsistência.
A Força-tarefa convoca governos, fornecedores e financiadores de educação – públicos e privados – e todos os principais parceiros a:
1 – Preservar o emprego e os salários: esta crise não pode ser um pretexto para baixar o nível de padrões e normas ou desconsiderar os direitos trabalhistas. Os salários e os benefícios de toda a equipe de apoio ao ensino e à educação devem ser preservados.
2 – Priorizar a saúde, a segurança e o bem-estar de professores e estudantes: os professores precisam de apoio socioemocional para enfrentar a pressão extra exercida sobre eles para proporcionar aprendizagem em um momento de crise, bem como para fornecer apoio a seus estudantes em situações de ansiedade.
3 – Incluir professores no desenvolvimento de respostas educacionais à COVID-19: os professores terão um papel essencial na fase de recuperação quando as escolas reabrirem. Eles devem ser incluídos em todas as etapas da elaboração e do planejamento das políticas educacionais.
4 – Fornecer suporte e treinamento profissional adequados: tem sido dada pouca atenção ao fornecimento de treinamento adequado aos professores sobre como garantir a continuidade da aprendizagem. Devemos agir rapidamente para assegurar que os professores recebam o apoio profissional necessário.
5 – Colocar a equidade no centro das respostas da educação à crise: será necessário haver maior apoio e flexibilidade para os professores que trabalham em áreas remotas ou com comunidades de baixa renda ou minorias, a fim de garantir que as crianças desfavorecidas não sejam deixadas para trás.
6 – Incluir os professores nas respostas de ajuda: a Força-tarefa para Professores pede às instituições de financiamento que ajudem os governos a apoiar os sistemas educacionais, particularmente o desenvolvimento profissional da força de trabalho docente. Esse apoio é especialmente urgente em alguns dos países mais pobres do mundo, que já estão lutando para atender às necessidades de educação devido à escassez crítica de professores qualificados.
Veja aqui: Força-Tarefa Internacional para Professores pela Educação 2030
Fonte: Fepesp.